Adriano Nobre de Almeida (Adriano Nobre), ou conhecido também pela sigla A.N – foi um cristão presbiteriano e quinto obreiro, ordenado ao ministério pastoral de Belém/PA, quando já se haviam passado cinco anos desde a fundação da Assembleia de Deus.
Ele nasceu em Pacatuba, no Ceará, em 1883 e faleceu aos 55 anos no Rio de Janeiro, no ano de 1938, vítima de tuberculose. Era filho de seringalistas paraenses e também comandante de navio da Companhia “Port of Pará”.
Com experiência na linguagem inglesa, Adriano Nobre serviu como intérprete para Gunnar Vingren e Daniel Berg, quando chegaram a Belém em novembro de 1910, apresentado aos recém-chegados por seu primo Raimundo Nobre, então evangelista da Igreja Batista de Belém.
Adriano ministrou aos pioneiros, as primeiras lições de língua portuguesa, tornando depois um obreiro valoroso a serviço do Movimento Pentecostal.
Com o passar dos tempos, levou Vingren e Berg para passarem alguns meses nas ilhas, num local chamado Boca do Ipixuna, no rio Tajapuru, ficando hospedados no quarto de Adrião Nobre, irmão de Adriano.
Por volta de 1914 à 1915, ele foi enviado pela igreja de Belém ao sertão do Ceará para dar continuidade ao trabalho iniciado por Maria Nazaré na Serra de Uruburetama.
Em 1916, ele foi consagrado pastor por Vingren. Quando Vingren fez a sua primeira viagem à Suécia entre os anos de 1915 e 1917, Adriano Nobre atuou dois anos como pastor da igreja de Belém.
No mesmo ano, também foi enviado a Recife, no Pernambuco, pela igreja de Belém, no intuito de estabelecer os primeiros trabalhos pentecostais ficando por ali até o ano de 1918.
Em 1917, quando Frida Vingren chegou, ele também foi seu professor de português.
O nascimento da Assembleia de Deus em três Estados brasileiros ganhou a contribuição do trabalho evangelístico de Adriano Nobre.
Em Natal, no Rio Grande do Norte, quando os primeiros crentes desejaram ser batizados em águas, o obreiro enviado pela igreja de Belém para fazer o batismo no rio Potengi foi Adriano Nobre. Ele ficou naquela nascente igreja entre os anos de 1918 e 1919.
Foi ele quem editou a primeira edição da Harpa Cristã publicada em 1922, no Recife, que passou a ser o hinário oficial das Assembleias de Deus.
Na edição de dezembro de 1923, do jornal Boa Semente, na página 4, consta um aviso para se solicitar exemplares da Harpa Cristã ao pastor Adriano Nobre que se achava em Nova Cruz, no Rio Grande do Norte.
No ano de 1924, quando os primeiros crentes pentecostais do Rio de Janeiro se juntaram para organizar a Assembleia de Deus na sua capital, chamaram Adriano Nobre para o pastorado da igreja, mas ele não aceitou. Em seu intenso trabalho evangelístico, Nobre sofria duras perseguições e privações.
Na atual Harpa Cristã, seu nome aparece como autor da versão de vários hinos: (02 – Saudosa Lembrança), (03 – Plena Paz), (10 – Eu te Louvo) e (413 – Meu Pastor).
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